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Goianão 2024 tem a pior média de gols das últimas 15 temporadas

Apenas dois dos 24 jogos tiveram vitórias por mais de um gol de diferença

A atual edição de Goianão vem chamando a atenção por conta do baixo número de gols marcados. Para se ter um exemplo, apenas dois, dos 24 jogos disputados até agora, terminaram com dois ou mais gols de diferença no placar. Foram eles: Vila Nova 2×0 Goiatuba, e Goiânia 4×1 Jataiense.

Até aqui, são quatro rodadas finalizadas, e contando as últimas 15 edições do Campeonato Goiano (desde 2010), 2024 é o ano com pior média de gols marcados:

2024 – 39 gols em 24 jogos (média de 1,6)
2023 – 64 em 24 J (2,6)
2022 – 61 em 24 J (2,5)
2021 – 44 em 24 J (1,8)
2020 – 49 em 24 J (2,0)
2019 – 47 em 24 J (1,9)
2018 – 39 em 20 J (1,9)
2017 – 38 em 20 J (1,9)
2016 – 36 em 20 J (1,8)
2015 – 45 em 20 J (2,2)
2014 – 44 em 20 J (2 2)
2013 – 35 em 20 J (1,7)
2012 – 67 em 20 J (3,2)
2011 – 50 em 20 J (2,5)
2010 – 55 em 20 J (2,7)

Foram quatro rodadas finalizadas, com 39 gols marcados em 24 jogos, média de 1,6 por jogo. Apenas cinco partidas tiveram mais de 2 gols marcados:

Vila Nova 2×0 Goiatuba
Goiânia 4×1 Jataiense
Jataiense 2×1 Iporá
Goiânia 2×1 Iporá
Vila Nova 2×1 Atlético-GO

Um fator pode explicar o baixo número de gols nos jogos, o equilíbrio entre as equipes dentro da competição. Apesar de no papel, Atlético-GO, Goiás e Vila Nova contarem com elencos mais poderosos, em campo não é tão fácil quanto se parece. É de se elogiar o nível de preparação das outras equipes para a competição.

Exemplo é o Goianésia, vice-líder do Goianão. Além do Azulão, Goiânia, Goiatuba, Jataiense e Aparecidense estão entre os oito primeiros, a frente do Atlético-GO, atual bicampeão e único representante goiano na Série A.

Para Atlético-GO, Goiás e Vila Nova, o Campeonato Goiano serve para ostentar um “poderio” dentro do estado, além de preparar a equipe para a temporada. É o momento também para observar quem pode ser útil para a disputa do Brasileirão ou não.

Vale lembrar também, que a competição dá três vagas diretas para a Copa do Brasil, onde o próprio Vila Nova está fora em 2024. Para as outras equipes, o Goianão vale muito mais em termos da própria sobrevivência.

Conseguir uma boa classificação e vaga para a Série D do Brasileirão, garante calendário e oportuniza a busca por mais patrocínios, pela maior visibilidade e tempo de trabalho, que passam de três pada oito meses.

O clube com calendário nacional pode montar seus elencos de forma mais qualificada, pois consegue oferecer contratos mais duradouros e até mesmo lucrar com possíveis vendas.

Para isso, é notável o empenho das equipes no geral para disputar a elite do Goianão no mais alto nível. Até aqui, temos boas e más surpresas, mas ainda é apenas o início.

Gabriel Alves

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás.

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