Justiça afasta Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF
Fernando Sarney assume interinamente o comando da Confederação

Foto: Divulgação/Lucas Figueiredo/CBF
A Justiça do Rio de Janeiro determinou na tarde de hoje, o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), atende pedido do vice-presidente da confederação, Fernando Sarney.
Na decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, da 21ª Câmara de Direito Privado do TJ-RJ, fica determinado o afastamento dos demais membros da diretoria da entidade, bem como a realização, “o mais rápido possível”, de uma nova eleição para os cargos diretivos da CBF.
A decisão ocorre após o desembargador declarar nulo o acordo firmado em fevereiro, entre a CBF, a Federação Mineira de Futebol e dirigentes esportivos, feito em 2022. O acordo reconhecia a legalidade da Assembléia Geral Extraordinária da CBF e da Assembléia Geral Eleitoral, realizadas em março. Que definiram as regras de eleições na confederação.
O desembargador considerou que existem “indícios robustos” de que o ex-presidente da CBF, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, não tinha condições de saúde para assinar o acordo. A suspeita é de que a assinatura tenha sido falsificada, como relata Záfiro no documento: “DECLARO NULO O ACORDO FIRMADO ENTRE AS PARTES, HOMOLOGADO OUTRORA PELA CORTE SUPERIOR, em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários, ANTÔNIO CARLOS NUNES DE LIMA, conhecido por CORONEL NUNES.”
O vice-presidente da CBF, e responsável pela denúncia, Fernando Sarney; agora ocupará interinamente o cargo de presidente da confederação. Caberá a ele, dentro do menor prazo possível, realizar a nova eleição para os cargos diretivos da CBF. Sarney já havia rompido politicamente com Ednaldo, mas seu mandato vai até março de 2026.
Esta não é a primeira vez que Ednaldo é afastado do cargo. Em 2023, o presidente teve de se retirar do cargo por uma outra decisão do TJ-RJ, mas foi reconduzido ao posto após decisão do ministro do STF Gilmar Mendes, em recurso. A CBF deve recorrer da decisão divulgada nesta quinta-feira.