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De saída do Atlético-GO, Allan Santhiago fala sobre sua trajetória no clube e seu novo desafio

Treinador ocupará o cargo de auxiliar permanente no Londrina-PR

Allan Santhiago, técnico da equipe sub-20 do Atlético-GO nas últimas temporadas e comandante na Copinha, está de saída do Dragão. Ele será auxiliar técnico permanente do Londrina-PR.

Ao Apito Esportivo, Allan Santhiago falou sobre o sentimento de gratidão que sente pelo clube, e a importância que tem o Atlético-GO em sua carreira. Gratidão é o que não falta por parte do treinador, que por onde passa, é reconhecido como grande profissional e pessoa:

🎙 – “O sentimento que fica nessa nossa segunda passagem pelo Atlético-GO é de gratidão, de muito aprendizado, de muita perseverança, de muita amizade, saindo um pouco da esfera profissional. Eu acho que futebol é você fazer relações, ter relações interpessoais, melhorar as suas relações, ter capacidade de aprendizado. Então, eu conheci grandes pessoas aqui no Atlético, que eu não conhecia anteriormente, pude conviver com outras e aprender.

🎙 – Acho que nós, como seres humanos, temos que estar sempre abertos a aprender, evoluir, porque futebol não existe uma ciência exata, futebol é feito de pessoas, então você precisa juntar muitas pessoas. Então, fico muito feliz nessa segunda passagem, a gente conseguiu desenvolver alguns processos que a gente visualizava dentro de um tempo e já deixou engatilhada com outros processos também.

🎙 – Mas o principal de tudo, acho que as relações que a gente criou de seriedade, de muita transparência, de muita honestidade com o companheiro, seja ele atleta, comissão, staff, diretoria, acho que é isso que faz que a gente saia do Atlético-GO e permaneça com as portas abertas.

🎙 – Acho que a minha ideia é sempre essa, onde eu estiver, onde for, entrar pela mesma porta e sair pela mesma porta, acho que hoje para mim é um sentimento muito gratificante de estar saindo dessa forma, uma forma aberta do clube, uma forma muito íntegra e sabendo que a gente também tem muito a aprender, muito a desenvolver.

🎙 – A gente pode contribuir um pouquinho, principalmente para as relações pessoais, profissionais e consequentemente a formação dos atletas, que é o nosso principal intuito. Mas muito feliz, um sentimento de muita felicidade e uma experiência que eu vou levar para a vida. Quem sabe? Futebol é muito dinâmico, a gente pode retornar no futuro próximo, mas o que eu levo agora é essa grande experiência da gente ter se fortalecido principalmente como seres humanos e aprendido bastante.

🎙- O treinador Allan Santhiago leva gratidão, foi um ano de muita perseverança, de muita resiliência, de muito aprendizado, onde a gente teve que tirar muitos conceitos e isso enriquece a nossa formação, a nossa evolução como profissional e como pessoa. Foi um ano onde a gente pôde aprender, amadurecer e, como eu disse, o tirar conceitos fazia a gente evoluir.

🎙 – Tirar conceitos nas derrotas, nas vitórias, em todos os cenários, porque eu acho que é esse tirar conceitos, refletir, que faz a gente evoluir para novos desafios, para novas glórias, para novas frustrações. Eu acho que hoje o treinador Alain Santiago sai muito mais capacitado e fortalecido.

🎙 – Vejo muito isso, que eu amadureci muito como pessoa, como treinador, e a gente está em constante evolução. Mas a gente sai de uma forma muito mais fortalecida do que quando a gente entrou. Eu acredito que esse seja o objetivo de todo profissional, tirar conceitos a todos os momentos, que é isso que te faz evoluir num cenário macro.

A caminho do Londrina para ser auxiliar técnico permanente, Allan Santhiago falou sobre o novo desafio na carreira:

🎙 – “O Londrina é um clube que virou SAF agora no início do ano. Então é um grupo que está à frente, um grupo muito sério, muito respeitado, que está à frente do processo. O diretor executivo do profissional, que é o Krivat, é uma pessoa que eu trabalhei diretamente com ele no Cruzeiro, foi uma pessoa que me ajudou muito no Cruzeiro, que eu pude evoluir muito, aprender muito, que é um cara muito sério. O próprio Mauro também estava aqui, que hoje ele é o gerente do profissional.

🎙 – Então, quando eles me fizeram esse convite de estar mais próximo do profissional, eu estou indo como auxiliar técnico do profissional e também poder desenvolver um trabalho na base. A gente, pela perspectiva de crescimento, não só da SAF, desse novo Londrina, mas também desenvolvimento nosso, que a ideia é amanhã ou depois a gente tá fazendo alguns intercâmbios fora do país. A deia é ter outros clubes fora ido país também.

🎙 – Então que a gente possa tá abrindo o nosso leque de conhecimento. Amanhã ou depois, quem sabe, também a gente possa tá galgando o nosso caminho pro-profissional, que é a ponta da linha de forma gradativa.

🎙 – Acho que a gente tem que estar sempre tirando conceitos, vendo novas ideias. Mas principalmente visualizando cenários onde o crescimento pessoal e profissional possa ser potencializado e otimizado. E é isso que eu visualizo no Londrina. É uma grande cidade, é um clube que está numa reconstrução total.

🎙 – Então me motivou a participar dessa reconstrução, até pela confiança que está sendo depositada em mim. que amanhã ou depois eu vou ter uma segurança do meu desenvolvimento, então é algo que para mim é muito chamativo. Então fico muito feliz, muito feliz pela forma, por tudo, então só agradecer que Deus possa nos abençoar, que a gente possa fazer mais um grande trabalho, com muita humildade, com muita perseverança, com muita confiança.

🎙 – O futebol é muito dinâmico, a gente sabe, então a gente tem que estar sempre em constante evolução para atingir os nossos objetivos, que nada vem de graça, as coisas são muito complexas, então só agradecer mesmo que Deus possa nos abençoar, que a gente possa fazer uma grande temporada e ter um grande nível de evolução dentro do Londrina nesse novo desafio.”

O treinador esteve a frente do Atlético-GO na Copinha 2024, onde caiu para o Corinthians, que acabou campeão. Além disso, disputou as categorias sub-17 e sub-20 de Goianão e Brasileirão sob o comando do rubro-negro. Allan falou sobre a sua experiência e seu papel na carreira de cara jovem que sonha em se tornar profissional:

🎙 – “Em relação a Copinha e o Corinthians, é até engraçado, eu converso muito com o Oliveira, que estava como nosso auxiliar e é uma pessoa que a gente tem um carinho muito especial. Quando a gente foi enfrentar o Corinthians, sabíamos da força do adversário, claro que agora se concretizou com o título do Corinthians, e aí acaba só verbalizando que a gente já tinha ideia lá atrás.

🎙 – Era uma das melhores equipes da competição, muito tradicional, uma equipe muito pesada, com muitos atletas vivendo o ápice da sua carreira, que é o caso de Léo Maná, Arthur Souza, Pedrinho, Kaique, enfim. Quando eu estava no Cruzeiro, enfrentei esses garotos no sub-17, sub-16, sub-15, e hoje eles estão vivendo o ápice da carreira deles, que se desencadeou no título da Copinha, com eles fazendo uma grande competição. Então, quando a gente foi enfrentar o Corinthians, eu brinquei com a Oliveira, falei, Oliveira, é um duelo de campeão.

🎙 – Se a gente passar pelo Corinthians, acho que vamos ter um caminho muito pavimentado até lá. Claro que respeitando o gradativo de todos os jogos, todos os adversários, mas o Corinthians era uma equipe muito difícil, muito complexa, de uma torcida que faz realmente a diferença. Mas o principal, processos sólidos de formação, atletas, como eu disse, que hoje estão no ápice, atingindo o ápice da sua performance física, técnica, mental.

🎙 – Muitos atletas chegaram no clube com 7, 8 anos, que é o caso de Leo Maná e tudo mais. Enfim, a gente que acompanha a base há muito tempo, sabia dessa dificuldade, mas ficamos muito felizes também pela forma, a forma que nós fizemos a Copinha, a forma como tudo se desenvolveu.

🎙 – Infelizmente nós saímos pro campeão, mas saímos jogando, saímos arcando lá em cima com conceitos, enfim, com um jogo franco, um jogo onde quem viu o jogo pôde refletir de duas grandes equipes, foi o Corinthians pelo mérito deles, mas também a gente teve as nossas oportunidades, principalmente no início da partida. Muitos atletas nossos também se desenvolveram bem e atingiram o seu ápice, que é o caso de Daniel, de Thiago, de Beluco, Giovani, Wendel, entre outros atletas também, que fizeram uma Copinha excelente, uma excepcional Copinha.

🎙 – Atletas que com a nossa chegada estavam desacreditados, tinha atleta que estava afastado do clube, às vezes por indisciplina, por baixo nível técnico, a gente recuperou principalmente o desenvolvimento humano deles, de poderem resgatar o brilho de jogar futebol e consequentemente. Cito o Almeida também, que é um garoto que fez uma Copinha fantástica, que está no profissional, então a gente sai com um sentimento não só de dever cumprido, mas eu acho que base é muito mais do que um período, base é uma constante evolução, é você acreditar em pessoas, saber da oscilação, não ter uma comemoração exacerbada na vitória, mas também não ser tão frustrante nas derrotas quando acontece, é entender o porquê, o pra quê, como as coisas se desenvolvem.

🎙 – Então a gente fica muito feliz por todos os atletas hoje que estão integrados ao profissional. Os atletas também que ainda não estão integrados ao profissional, que são atletas muito jovens. A gente tem “N” exemplos, a gente foi pra Copinha com o elenco mais jovem da história do Atlético. Então é muito jogador que veio da categoria sub-17, que tem um chão tremendo pela frente pra se desenvolver, para se oportunizar, pra evoluir.

🎙 – Então a gente fica muito feliz, não é o sentimento de dever cumprido, mas feliz em poder estar contribuindo para esse processo de formação. Eu acho que o processo de formação é contínuo, ele é gradativo, e nós que estamos no comando, professores, coordenadores, diretores, preparadores físicos, todo mundo, nós que estamos no comando desses atletas, desses garotos, a gente tem que ter o discernimento de saber que o dever cumprido vai ser quando a gente forma literalmente o homem e consequentemente o jogador. Acho que aí é o dever cumprido com maestria, com exatidão, com propriedade.

🎙 – É quando a gente consegue formar na ponta da linha o homem de caráter, o pai de família, o cara responsável, responsável com a vida dele, com a família dele, com o trabalho dele, com a profissão. Acho que aí sim é a ponta da linha. Então a gente fica muito gratificado, foi muito gratificante para nós, de ter oportunizado e desenvolvido esse pedacinho, que é um grãozinho na areia, mas a gente fica muito feliz, muito feliz não só dos atletas que estão no profissional e que, consequentemente, eles estejam um grande ano, que são pessoas do bem demais, são pessoas que merecem, são atletas, são garotos, são jovens que tem um futuro brilhante pela frente.

🎙 – Antes de escolher o jogador, acho que a gente tem que escolher a pessoa, porque não é desmembrado uma coisa da outra. Pelo contrário, a gente trabalha com o ser humano, a gente tem que formar os atletas que virão jogador de futebol, que vão vir a ser jogador de futebol, mas, muito mais também, a gente tem que ter o olhar para os atletas que não vão virar jogador de futebol, que são a grande maioria, né? Então, por isso que a gente tem esse olhar macro, porque quanto mais a gente estimular e poder desenvolver a formação deles como homens, como profissionais, consequentemente, a gente vai ter melhores atletas e melhores homens.

Gabriel Alves

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Goiás.

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